4º Festival Nacional de Teatro encerra com sucesso de público em Ribeirão Preto

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A 4ª edição do Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto, que aconteceu de 1° a 14 de novembro, contou com 18 apresentações em sua programação e diversas oficinas culturais gratuitas, totalizando um público de 5.500 pessoas. O evento foi realizado pelo Movimento Teatreiros RP – representante de grupos e artistas teatrais do município, e pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria da Cultura, com apoio do PROAC.

Com o objetivo de fomentar o cenário cultural da cidade, oferecendo atividades de forma acessível e gratuita, o 4º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto foi composto pela Mostra Nacional e também pela Mostra Panorama Zero 016.

Este ano, foi disponibilizado o transporte gratuito para crianças, jovens e idosos de diversas instituições e escolas públicas e particulares, como Fundação Educandário Cel. Quito Junqueira, Escola Municipal de Ensino Fundamental e Ensino Médio Professor Alfeu Luiz Gasparini, Centro do idoso Jardim Juliana, Núcleo de atendimento à criança e adolescente Adão do Carmo Leonel, Fundação Casa – Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, entre outras.

“A participação da população no Festival superou as expectativas da organização. Em nossa avaliação, o resultado foi muito positivo, mostrando que há cada vez mais interesse de todos pela arte”, afirma Lindsay Castro Lima, representante do movimento Teatreiros.

Para Alessandro Maraca, Secretário da Cultura de Ribeirão Preto, a realização de festivais como este tem um importante valor para a sociedade. “Envolvemos escolas públicas e outras entidades nesta edição, a presença deles garantem a formação de novos públicos, além de reforçar a vocação da nossa cidade para a área cultural”, afirma o secretário.

Os espetáculos foram apresentados em diferentes pontos de Ribeirão Preto, como Teatro Pedro II, Teatro Municipal, Praça XV de Novembro, Ribeirão Em Cena, Telhado Cultural do Engasga Gato e Casa das Artes. 

Cabeça de Papelão, com a Cia da Revista, última apresentação do 4º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto

Cabeça de Papelão, com a Cia da Revista, foi o espetáculo apresentado no último dia do 4º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto.

Livremente inspirado em O homem da cabeça de papelão, de João do Rio, Cabeça de Papelão
narra por meio de quadros revisteiros, a história de Antenor que, por dizer a verdade
verdadeira em vez da verdade conveniente, não é aceito em nenhum dos circuitos sociais do
País do Sol, local onde vive. Cansado de não se adequar, Antenor decide deixar sua cabeça para conserto no relojoeiro e coloca em seu lugar uma cabeça de papelão.

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Sobre Anjos e Grilos, com a Companhia de Solos & Bem, foi apresentada no Teatro Municipal

Em Sobre Anjos & Grilos, o Universo de Mario Quintana, é um espetáculo híbrido – épico, lírico, cômico, poético – no qual a atriz Deborah Finocchiaro, numa junção entre a fala, o gesto, a poesia, as artes plásticas e a música, conta, interpreta e canta textos e poemas de Mario Quintana (1906/1994), revelando não apenas o Mario confessional e lírico dos poemas, mas sua face pouco conhecida: a das entrevistas e das frases agudas e desconcertantes que questionam os valores da sociedade, da vida e da morte.

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“Alexandre Entre Xique Xique e Mandacarus”, espetáculo apresentado na Casa das Artes, durante o 4º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto

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Entre os xiquexiques e mandacarus não há quem não conheça suas histórias. Alexandre, o
corajoso herói do sertão, enfrenta uma jornada cheia de aventuras e surpresas, a fim de
encontrar um papagaio falador para sua companheira Cesária.

Uma divertida e inusitada história que se desenrola no coração do sertão.

Teatro Pedro II recebeu a Anthropos Cia de Arte, com o espetáculo Lições de Motim, no 4º Festival Nacional de Teatro

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A cidade está viva, não obstante a noite madura. Numa residência modesta de uma
pensionista, o destino arma um ardil para um visitante odioso: um ladrão costumeiro, velho
conhecido da pobre viúva. Uma presença sem cara, mas materializada nas perdas quase que
diárias dos poucos e modestos bens que, como mágica, pulam o seu muro.

Agora, ali, preso em uma janela, indefeso, humilhado, o marginal, antes sem cara, sofre com os estratagemas inteligentes e impiedosos da sua vítima. Lições de Motim é a radiografia da revolta que se abriga no cidadão que já não acredita em justiça.

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Cabeça de Papelão é o último espetáculo do Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto

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Hoje, às 20h, acontece a última apresentação da quarta edição do Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto. O espetáculo Cabeça de Papelão, com a Cia da Revista, encerra o Festival que foi sucesso de público em todas as suas apresentações, em diversos pontos culturais de Ribeirão Preto.

 

Sinopse do espetáculo:

A encenação de Cabeça de Papelão parte da desconstrução da estrutura revisteira tradicional. O Teatro de Revista, ferramenta de trabalho e foco da pesquisa da Cia. desde sua criação, é constituído por uma seqüência de quadros que parecem não ter ligação entre eles, cujo desfecho é uma apoteose, mas sem abdicar do olhar crítico e irônico sobre os acontecimentos comentados através da linguagem alusiva, característica dos textos revisteiros.

Como explica a pesquisadora Neyde Veneziano: “A revista é um espetáculo inteiramente composto por alusões voluntárias a fatos recentes. E a alusão é um recurso de linguagem que consiste em se dizer uma coisa e fazer-se pensar em outra. O encanto da revista reside no prazer da alusão.” 

Aproveitando essa informação, Cabeça de Papelão não busca um movimento catártico, mas sim uma experiência reflexiva. A forma como as cenas são organizadas pela encenação, rompendo com uma lógica fabular e propondo saltos cronológicos, busca envolver a platéia; não emocionalmente, como em um drama burguês, mas através do cruzamento de sensações: o elemento cômico, a identificação com os acontecimentos apresentados, a poesia do texto de João do Rio, a provocação crítica através de uma discussão ética do entendimento do indivíduo perante a cidade em que vive.

 A figura de Antenor, o desajustado perante a sociedade, é apresentado no primeiro ato como um homem que exerce um fascínio na platéia, efeito contrário na relação com as personagens da peça. Esse ponto de vista gera um desejo de acompanhar a trajetória da personagem, através do jogo estabelecido entre público e atores. Seguindo o caráter alegórico e nonsense do conto original, o espetáculo propõe uma virada estética durante a visita da personagem ao relojoeiro, que troca sua cabeça por uma de papelão.

 Para reforçar esse aspecto, a encenação traz o carnaval, a festa popular como ritual, um momento de libertação das relações hierárquicas de poder, de êxtase do ser e uma representação da troca de cabeça como rompimento de regras e tabus; apontando dessa forma, para um movimento de inversão do pensamento. Buscamos a essência popular do carnaval como uma forma alternativa e alegre de relativizar as verdades, o poder e de questionar: qual é o real bom senso no País do Sol? Entretanto, na peça, é neste momento que se dá a decisão de Antenor de “adequar-se” à sociedade, quando ele resolve trocar a sua cabeça por uma de papelão, resultando na inversão de raciocínio da personagem.  

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Dia 14 Novembro (quinta-feira) – 20h – Teatro Municipal
Espetáculo: Cabeça de Papelão 
Grupo: Cia da Revista (São Paulo)

4º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto termina hoje com programação gratuita

A 4ª edição do Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto conta com uma extensa programação. O evento acontece até hoje, dia 14 de novembro e é uma realização do Teatreiros RP – movimento que envolve vários eventos culturais na cidade, e da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria da Cultura, com apoio do PROAC.

A programação e as fotos dos dias anteriores estão disponíveis também pelo http://www.facebook.com/festivaldeteatrorp

 

»»» Dia 14 Novembro (quinta-feira) – 20h – Teatro Municipal

Espetáculo: Cabeça de Papelão 

Grupo: Cia da Revista (São Paulo) 

 

Sinopse:  

A encenação de Cabeça de Papelão parte da desconstrução da estrutura revisteira tradicional. O Teatro de Revista, ferramenta de trabalho e foco da pesquisa da Cia. desde sua criação, é constituído por uma seqüência de quadros que parecem não ter ligação entre eles, cujo desfecho é uma apoteose, mas sem abdicar do olhar crítico e irônico sobre os acontecimentos comentados através da linguagem alusiva, característica dos textos revisteiros.

Como explica a pesquisadora Neyde Veneziano: “A revista é um espetáculo inteiramente composto por alusões voluntárias a fatos recentes. E a alusão é um recurso de linguagem que consiste em se dizer uma coisa e fazer-se pensar em outra. O encanto da revista reside no prazer da alusão.” 

Aproveitando essa informação, Cabeça de Papelão não busca um movimento catártico, mas sim uma experiência reflexiva. A forma como as cenas são organizadas pela encenação, rompendo com uma lógica fabular e propondo saltos cronológicos, busca envolver a platéia; não emocionalmente, como em um drama burguês, mas através do cruzamento de sensações: o elemento cômico, a identificação com os acontecimentos apresentados, a poesia do texto de João do Rio, a provocação crítica através de uma discussão ética do entendimento do indivíduo perante a cidade em que vive.

 A figura de Antenor, o desajustado perante a sociedade, é apresentado no primeiro ato como um homem que exerce um fascínio na platéia, efeito contrário na relação com as personagens da peça. Esse ponto de vista gera um desejo de acompanhar a trajetória da personagem, através do jogo estabelecido entre público e atores. Seguindo o caráter alegórico e nonsense do conto original, o espetáculo propõe uma virada estética durante a visita da personagem ao relojoeiro, que troca sua cabeça por uma de papelão.

 Para reforçar esse aspecto, a encenação traz o carnaval, a festa popular como ritual, um momento de libertação das relações hierárquicas de poder, de êxtase do ser e uma representação da troca de cabeça como rompimento de regras e tabus; apontando dessa forma, para um movimento de inversão do pensamento. Buscamos a essência popular do carnaval como uma forma alternativa e alegre de relativizar as verdades, o poder e de questionar: qual é o real bom senso no País do Sol? Entretanto, na peça, é neste momento que se dá a decisão de Antenor de “adequar-se” à sociedade, quando ele resolve trocar a sua cabeça por uma de papelão, resultando na inversão de raciocínio da personagem.  

Lições de Motim, com Anthropos Cia de Arte, hoje, no Teatro Pedro II

A cidade está viva, não obstante a noite madura. Na residência modesta de uma pobre viúva
pensionista, paredes contam histórias de abandono e solidão. Mais precisamente na cozinha,
desfalcada de seus principais utensílios que se foram em várias madrugadas levados por um
ladrão. O destino preparou uma armadilha inesperada para este visitante odioso: o ladrão
costumeiro, que ao tentar fugir pela janela fica preso. O velho conhecido da pobre viúva, que
antes era uma presença sem cara, mas materializada nas perdas quase que diárias dos
poucos e modestos bens que, como mágica, pulava o seu muro.

Dona Cotinha (a vitima) a partir daí passa a desenha no ambiente um ritual paciente de movimentos estudados e discursos esculpidos para servirem à tortura e humilhação do seu visitante indesejável. O
pobre Ladrão, que não consegue se libertar da janela, suplica inocente o seu destino final.
Agora, ali, indefeso, humilhado, o marginal, antes sem cara, sofre com os diálogos inteligentes.

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Dia 13 Novembro (quarta-feira) – 20h – Theatro Pedro II
Espetáculo: Lições de Motim 
Grupo: Anthropos Cia de Arte (Goiânia) 

La Svergonata, no Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto

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No último sábado, dia 9 de novembro, Anita Mosca apresentou o espetáculo La Svergonata, no Teatro Municipal.

Após o espetáculo, aconteceu um bate papo sobre a questão da forma como a arte é tratada no Brasil, discutindo como o artista brasileiro trabalha e a diferença entre o artista brasileiro e o europeu, considerando que a atriz e diretora do espetáculo é Italiana.

Além disso, também foi discutida a temática do espetáculo: violência contra a mulher, seja física ou psicológica.

Outra questão discutida foi o fato de a atriz ser também a diretora e produtora do espetáculo, colocando a figura da mulher em uma função que normalmente é masculina, além do fato de o espetáculo se tratar de uma produção independente, não sendo de grupo. 

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